terça-feira, abril 11, 2006


Vou morrer sem conhecer tudo dessa vida... clique aqui

segunda-feira, abril 03, 2006

Ahn... eu já fui bom nisso...

Bom, seguinte:

Bebi demais nesse fim-de-semana (sim meus amigos, agora eu bebo, e como), tô com dor de cabeça, mas como eu consegui um tempinho aqui no escritório vou postar algo. Mas não tô com saco pra ficar aqui divagando. Então, relendo meu velho blog, percebi que antes eu tinha mais saco, computador e paciência para contar à vocês da minha vida.
Por causa disto, vou postar um texto de minha autoria sobre Robert Capa, um cara deveras bacana, com uma história mais bacana ainda e o melhor, com certas informações corrigidas. Outra hora a gente conta sobre as novidades.

Segunda-feira, Dezembro 01, 2003 :::
Nesse sábado tivemos aula com o Boni, onde o professor nos mostrou um documentário sobre o maior repórter-fotográfico de todos os tempos:


Robert Capa

Meu, o cara teve uma vida massa pra caralho sabe. Eu já sabia da fama dele (o papel de parede do meu PC é a mais famosa foto dele - O combatente da Guerra Civil Espalhola sendo morto) mas somente agora pude conhecer mais da vida deste húngaro que, para ter suas fotos mais valorizadas, comercialmente falando, no começo da carreira, dizendo que eram de um famoso fotógrafo americano que viajava pelo mundo todo e todos os respeitavam. O nome de "famoso desconhecido" ? ROBERT CAPA. O nome deu tão certo que ele resolveu adotá-lo.

Robert Capa cobriu 4 guerras, entre elas a II Mundial e a do Vietnã, e sua característica era sempre estar o mais próximo possível da imagem que seria fotografada. "Se uma foto foi mal tirada é porque você não estava perto o suficiente", dizia ele. Capa andava sempre junto aos exércitos, correndo o risco de ser baleado e morrer. Por este motivo, e também por já ter atingido sua fama, ele largou por um tempo as guerras e, pelo amor que possuía com Ingrid Bergman, passou a atuar no meio cinematográico como fotógrafo e, em alguns filmes B, como ator também.

Outras imagens muito conhecidas registradas por ele são algumas fotos do Dia D, 06 de junho de 1944, durante a II Guerra Mundial, em que o exército americano invadiu o litoral alemão na praia de Omaha com seus navios e soldados. Entre eles, estava Bob Capa, que fotografou aproximadamente uns 8 filmes. Esses filmes foram enviados à Londres e o laboratorista, provavelmente pela pressa da Life em publicar as fotos, acabou errando na composição química, perdeu a maioria dos filmes e os que restaram saíram com uma má qualidade técnica, mas que permanecaram na história pelo momento que registraram. Tanto que no começo do filme "O Resgate do Soldado Ryan" Steven Spielberg baseou-se nas fotos dele.

Robert Capa também é um dos fundadores da Agência Magnun, que deu liberdade aos fotógrafos para que pudessem ter junto às imagens seus créditos pela propriedade intelectual na fotografia, pois até aquele momento as fotos pertenciam as agências e ela poderiam fazer o que bem entendessem com as fotos. Isso alterou todo mercado e a Agência ficou mundialmente famosa, possuindo em seu cast sempre os melhores fotógrafos do mundo, entre eles Capa e Henri Cartier Bresson, outro mágico das imagens e também fundador da Magnun.

Sua vida realmente foi como aquela que foi criada ao inventar seu nome "artístico": Um fotógrafo mundialmente famoso, que percorreu pelo mundo e conheceu as pessoas mais importantes de sua época. Capa era, como Jim Morrison viria a ser nos anos 60, um mestre errante: Não possuía residência fixa, qualquer lugar poderia ser sua casa para dormir naquela noite e o seu trabalho era a razão de sua vida. Não conseguia viver preso num lugar, junto com apenas uma pessoa. Com sua beleza, Capa era um sedutor típico da primeira metade do século XX, sempre bem vestido e com o cigarro acesso para dar um ar mais charmoso.

Entretanto, este charme findou-se em 1954, quando Capa foi convidado para cobrir a Guerra do Vietnã. Pessoas mais próximas, pediam para que ele não fosse, pois já havia sido seu tempo em guerras, que já era um homem consagrado porém, como ele mesmo havia dito, havia sido "movido pela paixão e não pelo dinheiro". Pois então partiu para a Indochina e, no dia 25/05/1954 morreu ao pisar numa mina vietnamita.

Meu professor acredita que o que registrou Capa como um ícone da fotografia foi o fato dele ter morrido em serviço. Concordo com ele. Mas, ao mesmo tempo, vejo que se ele tivesse sido o segundo fotógrafo a ser como ele foi, não seria hoje ROBERT CAPA. Ele foi o primeiro a ter coragem de pular de pára-quedas junto com um exército dirante uma guerra (se é que teve algum segundo...) e estar no front como ele esteve, putz...Mas claro que, não fosse seus funerais, John Lennon, Jim Morrison, Jimi Hendrix, Janis Joplin e Capa, provavelmente não teriam o reconhecimento que possuem atualmente.

Mas assim, achei tão aventureira a carreira desse cara, e eu sempre quis ser assim, que pra mim, Bresson fica com a prata. O ouro é de Capa. (Trocadalho do Carilho!).

Mais algumas imagens:

Robert Capa (com a máquina) e John Steinbec, na Rússia

"Fugindo de bombardeio", Barcelona - Guerra civil espanhola/1934

Exército americano no dia D (06/06/1946)

Último registro de Capa, Indochina, 1954